Aos meus olhos, Aos seus olhos.

10:57




Um dia destes encontrei com um amigo, que me perguntou sobre o blog, então eu respondi...

-Faz tempo que não posto nele...

Andei pensando sobre isso e não tenho postado, não pela falta de conteúdo, mas por ter muita coisa se passando na minha cabeça, muita coisa mesmo! E para não explodir, muitas vezes escrevo em meu caderninho ou "a loka..." escrevo e-mails para mim mesma.

Porque muitas vezes a vontade de falar/refletir sobre isso é imediata e nem sei se sempre alguém quer me ouvir...
E também, muito das coisas  que escrevo, em alguns momentos poderiam vir a chocar ou criar conflitos, então escrevo e edito, e tudo o que escrevi... perde todo o sentido!

Como estou me sentindo...
Por muitos dias tenho sentido uma TPM continua e interminável, não tenho sentido vontade de ir trabalhar ou de fazer qualquer outra coisa que não seja dormir.
Alias, dormir tem se tornado uma das minhas coisas preferidas.
Acredite, tenho dormido das 19:00 ate as 08:00 do dia seguinte.
Não tenho vontade de sorrir e estou me achando a maior chata do mundo, super critica, atrapalhada, incomodada e nem sempre tenho os melhores pensamentos.

Vejo alguns destes traços na minha mãe e isso me incomoda e muito.
E eu...tenho sido assim também (fraca no sentido sentimental) de não conseguir controlar as minhas atitudes e ações, assim como a minha mãe.
Não acho que seja culpa dela, mas ela é a mulher mais próxima de mim que tenho como referência.
E eu gostaria sim, de ser forte e não ser influenciada pelo o meu humor.
Não tenho muitas mulheres PALPÁVEIS que admiro, na verdade, não consigo me lembrar de uma agora, pois todas as que conheço, tem algum ato falho que me incomoda e me impede de admirar.

Sabe aquela mulher maravilha, aquelas executivas de terninhos, aquelas mulheres que andam de salto elegantemente e plenas, aquelas mulheres, que mesmo com um turbilhão de situações na cabeça, continuam PLENAS.

As vezes olho no transito, algumas mulheres dirigindo, lindos carros, com cabelos brilhantes e uma roupa bem costurada e penso...
- Será que ela tem uma vida perfeita?

Mas o caso aqui... não são elas... e sim EU.

Não tenho falado muito de mim para as pessoas,  acho que sou desinteressante. Mas em alguns momentos reflito...Acho que muitos tem este tipo de insegurança...não é mesmo?
Mas este...é um sentimento meu e que apaguei e reescrevi muitas vezes para chegar neste resultado. (Acredite o original ainda tem muitas linhas cujas palavras me deixariam nua diante dos seus olhos).

Tem outro ponto, que também me leva a pensar muito sobre este momento tão introspectivo que tenho vivido, não me vejo uma pessoa insegura, também não me acho feia, mas penso que deve ter outras mil pessoas mais interessantes do que eu.

As vezes me pego procurando piadas ou assuntos interessantes para falar com as pessoas, assim que tiver oportunidade.

Quando alguém me conhece, pensa "nossa que pessoa comunicativa" Mal sabe ela, que passo metades dos meus dias, semanas e períodos muitas vezes intermináveis sem pronunciar uma palavra, as vezes ate esqueço da minha voz.

Este silencio, é muitas vezes por preguiça de falar, por preguiça de ouvir ou talvez por simplesmente pensar que não vou conseguir dizer nada que interesse a outra pessoa.

Escrevendo isso agora, lógico que escuto em minha cabeça as minhas palavras e penso (que vaidosa eu) porque preciso de tanta atenção?

Mas as vezes penso, que gostaria que as coisas fossem mais leve e que eu não precisasse pensar no que será ou no que foi, ou simplesmente ser, sem pensar no que pensam ou deixam de pensar.

Eu poderia me descrever como uma pessoa superlativa, tenho todos os sentimentos amplificados dentro de mim e muitas vezes a sensação de que não consigo conviver com tanta informação, o que ocasiona falas sem contexto em momentos inadequados (ficou bonito isso) - Mas é mais ou menos assim que funciona.

Uma vez uma professora falou...o que pensam sobre você é problema da pessoa que esta pensando e não problema seu!

Por muito tempo levo isso em meu coração, as vezes ate lembro, mas isso influencia muito o meu hoje, acontece isso com você também?

Dentre os textos que tem no meu caderno ou no meu próprio e-mail, sempre tem uma duvida e a duvida é?!
-Será que todos pensam sobre as mesmas coisas que eu penso?
-Será que as pessoas se sentem cansadas por pensar tanto assim como eu?


Nossa...
não sei se este texto vai valer para alguém ou fazer algum sentido, quando outra pessoa a não ser e, ler, mas é um testo intimo e muito pessoal.
Espero que gostem.

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1 comentários

  1. Oi, Thamires. Por acaso cheguei aqui no teu post e não consegui parar de ler. É um assunto delicado e entenderei se você não publicar o comentário... seu texto me inquietou bastante, em vários trechos.
    Você escreve bem e mostra ser uma pessoa interessante, não vejo motivos pra não se interessarem pelo que você tem a dizer. Na verdade, acredito que a vida diária corrida imponha objetividade e nos faça relegar algumas conexões, sacrificando as relações conosco, com os outros e com o mundo... e vamos atropelando e negligenciando coisas básicas tão essenciais para o nosso bem-estar, como aquela intuição forte que nos passa segurança de que tudo vai dar certo no fim ou como aquela sensação de completude que uma conversa profunda com alguém que nos ouve e nos acolhe proporciona. Não temos tempo pra isso. Quais são as prioridades, no fim das contas?
    Momentos em que nos deparamos com a solidão e nos sentimos sem um norte, são úteis pra gente rever as nossas relações - repito: conosco, com os outros e com o mundo.
    E se sentir assim é mais comum do que imaginamos, as pesquisas científicas na área nos mostram dados cada vez mais assustadores, nos escancarando como desconhecemos a nós mesmos... e como realmente ignoramos o que se passa no interior de cada um.
    Um ponto, especificamente, me chamou atenção no seu texto... discordo de você: não se trata de ser fraco/forte ou de conseguir dominar os sentimentos (esse pensamento faz parte de conceitos e rótulos que nos são expostos, repetidamente, e que colaboram apenas para acentuar o distanciamento em nossas relações - todas as relações - e direcionar nossa visão de mundo e nosso comportamento). Afinal, os sentimentos e a racionalidade, juntos, são os que nos movem e nos distinguem.
    Se um se sobrepõe ao outro, abafando, impedindo que o outro se expresse e também se realize... pode ser que não seja só questão de força ou vontade. Pode ser biológico, químico, físico: e aí não tem força de vontade mesmo. Luta de verdade é viver assim. A predisposição tá nos genes, herdamos dos nossos pais, dos nossos avós... e muito não se sabia a esse respeito.
    Se sentir assim te define? Creio que não. Se definisse, você não estaria incomodada. Use essa inquietação a seu favor. Mudar essa situação só depende de você. Quem procura ajuda profissional não é fraco, muito pelo contrário, está se cuidando. Queria eu que todos se cuidassem... o mundo seria muito melhor resolvido, pra todos.
    Espero que você não se ofenda com nada do que eu escrevi, não é essa a minha intenção. Também não sou profissional da área, não estou querendo publicidade. Sou só uma pessoa que se identificou muito com o que você narrou no texto, já passou por fases assim e o sinal de alerta disparou. Não sei de quando é o texto e torço para que ele não te reflita mais... mas como tudo é cíclico e passa, democraticamente, seja bom ou ruim... espero que estas palavras te sejam úteis.
    Fique bem!!! Se admire, se goste!
    Grande abraço!

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